Santiago em Acção
um projecto para o concelho

Encontrar soluções para os muitos problemas que afectam o mais importante e populoso concelho do litoral alentejano foi o propósito de dois fóruns de debate, realizados nos dias 2 e 9 de Julho, em Vila Nova de Santo André e em Santiago do Cacém.
Dessa reflexão e debate nasceu o mais ambicioso Programa Eleitoral em 30 anos de Poder Autárquico.
Durante a Campanha Eleitoral de 2005 o Partido Socialista Fez a Diferença.

4.7.05

Política cultural da câmara CDU criticada em debate

PS quer criar gabinete de associativismo em Santiago

A ideia de criar um gabinete dedicado ao associativismo na Câmara de Santiago do Cacém, apresentada durante o primeiro fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, foi prontamente aplaudida e apadrinhada por Cascão da Silva, o engenheiro e candidato socialista que se propõe, nas Autárquicas de Outubro, quebrar 30 anos de gestão CDU naquele município do litoral alentejano.

No fórum, realizado na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, no passado sábado, o candidato do PS sustentou que o referido gabinete irá “facilitar o diálogo entre as diversas associações e o Poder autárquico, fazendo um necessário planeamento de actividades, dado que os recursos são escassos, e o município não se pode dar ao luxo de fazer tudo em todos os lugares”.

A posição do candidato socialista surgiu após as fortes críticas feitas, no painel dedicado à Cultura e Associativismo, à actuação do actual executivo camarário, que levaram mesmo Ferrer de Carvalho, presidente da rádio local Antena Miróbriga e vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém a lamentar que “ao longo dos anos, a política de subsídios da autarquia tem sido uma política fechada”.

Este orador sublinhou ainda que, nas decisões da Câmara Municipal, “os dirigentes associativos não têm qualquer tipo de participação”, revelando até desconhecer os critérios actuais de atribuição de apoios às “seguramente, mais de cem associações existentes no concelho”.

Por estas razões, Ferrer de Carvalho defendeu que “o apoio ao movimento associativo tem de estar claramente definido com critérios leais e justos”, devendo haver, para tal, “um gabinete de associativismo na autarquia”, ideia igualmente defendida por Maria dos Anjos Polícia, professora do Ensino Secundário e colaboradora da Liga dos Amigos do Cercal, uma das freguesias de Santiago do Cacém, o terceiro concelho alentejano com mais população.

Para a oradora, “uma política cultural implica pensar e partilhar responsabilidades com os agentes”, devendo por isso, “conjugar objectivos específicos para o concelho e para as freguesias”, razões que levaram Maria dos Anjos Polícia a exigir que “os autarcas de Santiago do Cacém sejam gente de acção e ideias”, capazes de “contrariar o conformismo”.

Desfiando um rol de ideias, a professora sugeriu a criação de “uma rede concelhia de divulgação do património histórico”, uma “política de preservação do artesanato, que poderá passar pela criação de ateliês de tempos livres para jovens e idosos” e “um encontro anual das colectividades do concelho, para estudar parcerias e projectos comuns”.

Este encontro anual, segundo Maria dos Anjos Polícia, será vital, já que actualmente “cada colectividade não tem a noção do que acontece na aldeia vizinha. Por isso, pensa que as suas iniciativas são únicas e vai exigir todo o apoio da autarquia”.

Para esta oradora é ainda imperioso que as freguesias do segundo maior concelho de Portugal, em termos de área geográfica, “disponham de espaços culturais polivalentes”, e a autarquia deve também “apoiar as colectividades a candidatar-se a programas de apoio”, de forma a tornar Santiago do Cacém “um município culturalmente ambicioso, que tente fixar oferta cultural”.

Com vista à elaboração do seu programa eleitoral – da campanha subordinada ao lema “Fazer a diferença!” - o PS organiza mais um fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho” no próximo sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, no qual serão abordados temas como a Saúde, o Emprego, o Património Cultural e as Políticas Sociais.



Site Counter