Santiago em Acção
um projecto para o concelho

Encontrar soluções para os muitos problemas que afectam o mais importante e populoso concelho do litoral alentejano foi o propósito de dois fóruns de debate, realizados nos dias 2 e 9 de Julho, em Vila Nova de Santo André e em Santiago do Cacém.
Dessa reflexão e debate nasceu o mais ambicioso Programa Eleitoral em 30 anos de Poder Autárquico.
Durante a Campanha Eleitoral de 2005 o Partido Socialista Fez a Diferença.

6.7.05

Falta planeamento em Santiago do Cacém

Câmara CDU não faz o “trabalho de casa”

A falta de um plano de desenvolvimento turístico, de um plano rodoviário concelhio e de planeamento urbanístico, com a necessidade de alterar disposições do Plano Director Municipal, de forma a que a habitação em Santiago do Cacém tenha “padrões de qualidade acima da média” foram lacunas apontadas por Manuel Ferreira dos Anjos, presidente da Escola Superior de Actividades Imobiliárias, no primeiro de dois fóruns de debate, organizados pela concelhia local do PS.

O primeiro dos fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado sábado, na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, que visou debater a realidade concelhia com vista a elaborar o programa eleitoral do PS, foi considerado como “extremamente positivo” por Cascão da Silva, o engenheiro que se propõe levar os socialistas ao poder, pela primeira vez, naquele município do litoral alentejano.

Atento às ideias apresentadas no fórum, Cascão da Silva garantiu prontamente que “Santiago deixará de viver de costas voltadas para Santo André e Sines”, reagindo ao repto do jurista Manuel Ferreira dos Anjos, que considerou prioritária uma “ligação directa entre Santiago e Santo André”, as duas maiores cidades do concelho.

Ferreira dos Anjos sugeriu mesmo que “o concurso deve ser lançado no primeiro dia e que a obra tem de ser feita durante um mandato, em troços com princípio, meio e fim”, acabando assim com “o defeito fundamental da sede do concelho e da cidade de Santo André “continuarem de costas voltadas uma para a outra”.

Intervindo no painel dedicado ao Urbanismo e Ambiente, Manuel Ferreira dos Anjos considerou fundamental a criação de “um plano rodoviário municipal”, tal como a alteração de algumas disposições do PDM de Santiago do Cacém, para além da necessidade de serem criadas “áreas empresariais de inovação tecnológica” pela Câmara Municipal.

Tendo em vista a melhoria da qualidade de vida do concelho, o orador defendeu ainda a necessidade da autarquia de elaborar “um plano de desenvolvimento turístico”, considerando que seria acertada a aposta “no eco-turismo, com empreendimentos de 4 e 5 estrelas, sempre respeitando e até melhorando o ambiente”.

Conhecedor da riqueza ambiental do concelho de Santiago do Cacém, Ludgero Paninho, fundador do Grupo Lontra e antigo dirigente da associação ambientalista Quercus, alertou para o enorme potencial da Lagoa de Santo André - autêntico santuário “responsável pelo povoamento de avifauna dos estuários do Sado, Tejo e da reserva natural espanhola de Donaña” - que “não pode, nem deve ser fechada ao público”.

Para Ludgero Paninho, cabe à autarquia definir “prioridades no que se quer atrair para o concelho”. Daí que, seja desejável cativar “indústria que garanta um rendimento suficiente e não seja pesada”, tal como, na área da construção civil, deve haver cuidados para “não se fazerem as asneiras que se fizeram noutros locais”.

Mais um fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho” está agendado para o próximo sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, no qual serão abordados temas como a Saúde, o Emprego, o Património Cultural e as Políticas Sociais.

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