Santiago em Acção
um projecto para o concelho

Encontrar soluções para os muitos problemas que afectam o mais importante e populoso concelho do litoral alentejano foi o propósito de dois fóruns de debate, realizados nos dias 2 e 9 de Julho, em Vila Nova de Santo André e em Santiago do Cacém.
Dessa reflexão e debate nasceu o mais ambicioso Programa Eleitoral em 30 anos de Poder Autárquico.
Durante a Campanha Eleitoral de 2005 o Partido Socialista Fez a Diferença.

11.7.05

Cascão da Silva revela linha de orientação para gerir Câmara de Santiago do Cacém

“Chega de esbanjar oportunidades!”

Consciente da inércia actual vivida no concelho de Santiago do Cacém, seja ao nível do aproveitamento do Património Histórico, seja ao nível da Educação e da Saúde – onde a Santa Casa da Misericórdia tem pronta, há dois anos, uma Unidade de Apoio Integrado, que continua de portas fechadas – o engenheiro e candidato do PS, Cascão da Silva, mostrou-se “chocado com as oportunidades perdidas pelo município, que não se podem ser esbanjadas”, garantindo uma postura radicalmente diferente da Câmara Municipal, caso venha a vencer as eleições no próximo dia 9 de Outubro.

Intervindo na sessão de encerramento do 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado sábado, 9 de Julho, que juntou cerca de meia centena de pessoas na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, o candidato socialista, que se propõe acabar com 30 anos de gestão CDU no mais populoso concelho do Litoral Alentejano, garantiu ainda que a construção de “uma nova unidade escolar será umas das prioridades da autarquia, de forma a ser dado um salto qualitativo na educação que damos aos nossos jovens”.

Mostrando-se “preocupado com os números de abandono escolar revelados durante o fórum de debate”, Cascão da Silva não quis deixar sem resposta o lamento de Jorge Nunes, provedor da Santa Casa da Misericórdia local, que “há seis anos pediu um terreno para construir uma creche, com jardim de infância e ATL e ainda hoje se está à espera para começar o projecto, devido à extrema burocracia”.

Outra das queixas do provedor que não caiu em saco roto, da parte do candidato socialista, foi a denúncia de que a Unidade de Apoio Integrado, com 26 camas para recobro de doentes, pronta a estrear, se mantém há dois anos sem abrir, por falta de um protocolo com a Administração Regional de Saúde. “Para mim, quando vejo um projecto de 250 mil contos (cerca de 1,25 milhões de euros) parado, independentemente de quem é o responsável, deixa-me preocupado com o esbanjamento de recursos”, salientou Cascão da Silva.

O candidato socialista mostrou-se ainda muito firme quanto à necessidade de captar investimentos para Santiago do Cacém – preocupação salientada também pelo antigo secretário de Estado da Administração Pública, Alexandre Rosa, candidato à presidência da Assembleia Municipal, que interveio no painel Educação, Formação Profissional e Emprego.

No 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, com o qual, os socialistas do terceiro concelho do município mais populoso do Alentejo quiseram ouvir alguns especialistas e a população do concelho para depois elaborar o seu programa eleitoral, foi ainda notória a preocupação com “a perda de 30 por cento da população escolar, nos últimos nove anos”, referida por José Gazimba Simão, técnico da Direcção Regional de Educação do Alentejo, e o alerta do actual secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, que, na qualidade de militante do PS, sublinhou “as vantajosas parcerias que as autarquias podem fazer com o Poder Central ao nível dos programas de desenvolvimento social”.

Dramático e “vergonhoso para Santiago do Cacém”, na óptica do historiador José António Falcão, professor universitário e director do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, foi “ter-se perdido a oportunidade de ter no concelho um projecto do arquitecto Siza Vieira, que seria a nova igreja”, revelando o orador que “se viu obrigado a devolver uma verba de 10 mil contos (cerca de 50 mil euros) a uma fundação italiana que se propunha financiar o projecto”.

Intervindo no painel sobre Património Histórico, José António Falcão lamentou ainda as dificuldades existentes com a instalação em Santiago do Cacém do Museu de Arte Sacra, desabafando mesmo não ver “a Câmara muito preocupada com o assunto”.

O longo, mas produtivo debate, incluiu ainda uma mesa redonda sobre a Saúde no concelho, com as presenças do médico Rui Calado, director do Centro de Saúde local, e o gestor Luís Duarte, presidente do conselho de instalação do Hospital do Litoral Alentejano, tendo ambos salientado as actuais dificuldades com a falta de pessoal médico e de enfermagem existente em Santiago do Cacém.

A mesa redonda concluiu, contudo, que a situação no concelho melhorou com a nova unidade hospitalar, ideia que foi exemplarmente resumida por Cascão da Silva, ao dizer que “a única coisa boa que havia no velho Hospital Conde do Bracial eram as pessoas que lá trabalhavam e a quem quero deixar o meu mais sincero agradecimento”.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

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