Santiago em Acção
um projecto para o concelho

Encontrar soluções para os muitos problemas que afectam o mais importante e populoso concelho do litoral alentejano foi o propósito de dois fóruns de debate, realizados nos dias 2 e 9 de Julho, em Vila Nova de Santo André e em Santiago do Cacém.
Dessa reflexão e debate nasceu o mais ambicioso Programa Eleitoral em 30 anos de Poder Autárquico.
Durante a Campanha Eleitoral de 2005 o Partido Socialista Fez a Diferença.

13.7.05

Candidato socialista empenha-se na abertura de unidade de saúde em Santiago

Cascão quer resolver problema da Misericórdia

A existência de uma Unidade de Apoio Integrado pronta a estrear, com 26 camas para recobro de doentes, que está há dois anos para abrir, por falta de um protocolo com a Administração Regional de Saúde, levou Cascão da Silva, candidato socialista à Câmara de Santiago do Cacém, a garantir todo o seu empenho à Misericórdia local.

“Para mim, quando vejo um projecto de 250 mil contos (cerca de 1,25 milhões de euros) parado, independentemente de quem é o responsável, deixa-me preocupado com o esbanjamento de recursos”, salientou Cascão da Silva, na sessão de encerramento do 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém.

Garantindo uma postura radicalmente diferente na Câmara Municipal, a que pretende presidir após as Autárquicas de 9 de Outubro, o engenheiro de 58 anos que lidera a lista socialista mostrou-se “chocado com as oportunidades perdidas pelo município, que não podem ser esbanjadas”, como é o caso da unidade de saúde da Misericórdia, onde há mesmo “o risco adicional de se ter de ressarcir um dos financiadores da obra”.

É que, como revelou no fórum o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém, Jorge Nunes, a instituição contou com “78 mil contos (cerca de 390 mil euros) de apoio comunitário e esses fundos terão de ser devolvidos com língua de palmo”, caso a unidade não venha a abrir.

Intervindo no painel Políticas Sociais e Terceira Idade, Jorge Nunes, que é também presidente da Caixa de Crédito Agrícola de Santiago do Cacém, a mais importante do País, queixou-se ainda da falta de apoio da autarquia local, dominada há 30 anos pela CDU, a quem “há seis anos pediu um terreno para construir uma creche, com jardim de infância e ATL e ainda hoje se está para começar o projecto, devido à extrema burocracia”.

Jorge Nunes lamentou que “o poder político e autárquico, por vezes, não dê a devida resposta aos anseios dos voluntários”, exemplificando com a falta de apoios para a construção de lares para idosos, outra das necessidades sentidas pela Misericórdia de Santiago do Cacém, que tem “800 pessoas inscritas para entrar no seu lar, das quais 25 por cento são casos urgentes”.

Em complemento, Pedro Marques, actual secretário de Estado da Segurança Social, intervindo no fórum apenas enquanto militante socialista, lembrou que “o apoio social aos nossos idosos, que faz muita falta, passa pelas políticas do Governo e também pelas iniciativas locais”.

Daí, para além da medida governamental de atribuir aos idosos “sem quaisquer recursos, um mínimo de 300 euros por mês”, Pedro Marques defendeu a necessidade de “qualificar o espaço rural, de forma a que, por exemplo, com pequenas intervenções nas habitações dos idosos, possa ser possível prestar-lhes apoio domiciliário”, sendo esta “uma política que pode ser seguida pelas autarquias”.

Para o militante socialista e antigo vereador na Câmara do Montijo, Pedro Marques, “o apoio aos idosos pode ser melhorado através de parcerias entre a administração central e as autarquias, criando-se programas de desenvolvimento social”.

Pedro Marques deixou, contudo, o aviso para a necessidade de haver “programas estruturados e não apenas iniciativas esporádicas” no apoio à Terceira Idade, algo que o próprio considera suceder na autarquia de Santiago de Cacém, onde “tem havido ajudas casuísticas, sem que ninguém perceba muito bem o que faz”.

Com o 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, que, no passado sábado, juntou cerca de meia centena de pessoas na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, o PS e o seu candidato, Cascão da Silva, pretenderam ouvir especialistas e a sociedade civil, de forma a elaborar o seu programa eleitoral para conquistar a Câmara Municipal, há 30 anos dominada pela CDU, e que, em 2001, fugiu aos socialistas por apenas 580 votos.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

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