Santiago em Acção
um projecto para o concelho

Encontrar soluções para os muitos problemas que afectam o mais importante e populoso concelho do litoral alentejano foi o propósito de dois fóruns de debate, realizados nos dias 2 e 9 de Julho, em Vila Nova de Santo André e em Santiago do Cacém.
Dessa reflexão e debate nasceu o mais ambicioso Programa Eleitoral em 30 anos de Poder Autárquico.
Durante a Campanha Eleitoral de 2005 o Partido Socialista Fez a Diferença.

15.7.05

Cascão da Silva assume nova batalha na área da Educação

PS vai combater abandono escolar em Santiago

Para além da necessidade de modernizar o tecido empresarial do concelho, Cascão da Silva, o engenheiro electrotécnico de 58 anos que o PS candidata às Autárquicas em Santiago do Cacém, assumiu ter pela frente o desafio de pôr termo ao preocupante abandono escolar registado no concelho, que, na última década, viu a sua população estudantil reduzir-se em 30 por cento.

Intervindo na sessão de encerramento do 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, organizado pela concelhia do PS, no passado sábado, 9 de Julho, garantiu, frente à vasta plateia reunida na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, que a construção de “uma nova unidade escolar será umas das prioridades da autarquia, de forma a ser dado um salto qualitativo na educação que damos aos nossos jovens”.

Convicto que, a partir de 9 de Outubro, vai presidir à Câmara Municipal, pondo fim a 30 anos de gestão CDU no mais populoso concelho do Litoral Alentejano, Cascão da Silva mostrou ainda “uma enorme preocupação” ao ouvir que, quando “a cobertura de pré-escolar no Alentejo ronda os 90 por cento, em Santiago do Cacém, cerca de 30 por cento das crianças não estão integradas” neste grau de ensino.

Orador no painel Educação, Formação Profissional e Emprego, José Gazimba Simão, técnico-superior da Direcção Regional de Educação do Alentejo, revelou ainda que “Santiago do Cacém passou de uma população escolar de 5.998 alunos, no ano lectivo 1996/97, para os actuais 3.787”.

Se a diminuição da população estudantil tem como pano de fundo, como referiu o especialista, “um saldo migratório e um saldo fisiológico negativos” – “nos últimos anos, houve mais mortes que nascimentos e mais gente a sair do concelho do que a instalar-se aqui” – na raiz do problema vivido em Santiago do Cacém está sobretudo “uma menor taxa de escolarização no pré-escolar, uma rede escolar no 1º ciclo obsoleta, que é das piores do Alentejo, e um parque escolar onde nos últimos anos praticamente não se pregou um prego”.

O especialista denunciou ainda o atraso da autarquia na “definição de centros educativos no mundo rural, que deverão agrupar pequenos grupos de alunos em instalações decentes”. Estas novas escolas para crianças de aldeias e lugares dispersos são aliás uma tarefa que “grande parte dos concelhos do Alentejo já resolveram, investindo nisto, em vez de gastar tanto dinheiro em fogo de artifício”.

Para além da rede escolar do 1º ciclo, que é da exclusiva responsabilidade do município, Gazimba Simão acentuou o abandono estudantil no 9º ano, “por falta de oportunidades ao nível do ensino profissional, que não existe no concelho”.

O problema do Emprego foi igualmente uma das preocupações manifestadas por Cascão da Silva, o candidato socialista em Santiago do Cacém, que garantiu ir criar “condições reais para que os investigadores se fixem no concelho, criando riqueza, porque se esta não existir não será possível reparti-la”.

A posição clara de Cascão da Silva surgiu após a abordagem do antigo secretário de Estado da Administração Pública, Alexandre Rosa, candidato à presidência da Assembleia Municipal de Santiago do Cacém, segundo o qual “uma autarquia excessivamente burocratizada afasta os investidores”.

Considerando que Santiago “tem de se exercitar na arte de bem acolher quem aqui quer investir”, Alexandre Rosa, actual vice-presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, lembrou que o desemprego no concelho – 1.600 pessoas inscritas nos centros de emprego, correspondendo a uma taxa de desemprego de 5,3 por cento – “atinge pessoas com baixas qualificações e mais idosas”.

Alexandre Rosa concluiu, contudo, que o panorama do desemprego no concelho pode ser claramente melhorado, dado haver “um grande potencial de emprego na região, devido à Plataforma de Sines”, sendo, ainda assim, fundamental “estar atento às necessidades emergentes”.

Com o 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, o PS de Santiago do Cacém pretendeu ouvir alguns especialistas e a população do concelho, para depois elaborar o programa eleitoral com que Cascão da Silva pretende governar o terceiro concelho mais populoso do Alentejo, na provável vitória nas Autárquicas de 9 de Outubro.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

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