Santiago em Acção
um projecto para o concelho

Encontrar soluções para os muitos problemas que afectam o mais importante e populoso concelho do litoral alentejano foi o propósito de dois fóruns de debate, realizados nos dias 2 e 9 de Julho, em Vila Nova de Santo André e em Santiago do Cacém.
Dessa reflexão e debate nasceu o mais ambicioso Programa Eleitoral em 30 anos de Poder Autárquico.
Durante a Campanha Eleitoral de 2005 o Partido Socialista Fez a Diferença.

16.7.05

Saúde em Santiago do Cacém continua aquém das necessidades

Cascão da Silva quer rever acessos viários ao Hospital

Inteirado das dificuldades do sector da Saúde em Santiago do Cacém, que se encontra perto de um ponto de viragem ao nível da organização dos serviços, Cascão da Silva, o candidato do PS à Câmara Municipal, não esqueceu também a necessidade de rever as acessibilidades ao novo Hospital do Litoral Alentejano, situado no concelho.

Durante uma mesa redonda sobre Saúde, realizada no 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, no passado sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal da cidade, o candidato socialista mostrou-se ainda receptivo a criar atractivos para cativar uma maior permanência de profissionais de saúde no concelho, que pretende vir a governar após as Autárquicas.

A falta de profissionais de saúde é inquestionavelmente o problema mais gritante em Santiago do Cacém, sentido tanto pelo Centro de Saúde, como salientou o médico e director da estrutura, Rui Calado, quanto pelo presidente da comissão instaladora do novo hospital, Luís Duarte, que participou igualmente no fórum.

Este gestor não escondeu que, no Hospital do Litoral Alentejano, “os meios humanos são escassos”, em muito, porque a unidade “não tem capacidade para celebrar contratos suficientemente duradouros” com médicos e enfermeiros, problema acrescido com a falta de atractivos no concelho para que um profissional de saúde possa instalar-se com a família em Santiago do Cacém.

O problema mereceu a maior atenção do candidato socialista Cascão da Silva, que ouviu igualmente Rui Calado, director do Centro de Saúde de Santiago do Cacém há oito anos, revelar que, na estrutura responsável pelos cuidados primários no concelho, num quadro “com 96 funcionários, há apenas 68 lugares preenchidos”.

Rui Calado fez-se ouvir ainda quando revelou haver “uma previsão para 2005, de 35,4 por cento de utentes inscritos sem médico de família, num total de 11.168 pessoas”, na prática, 1/3 da população do concelho, o que é um problema tanto maior quando a realidade passa pela prestação de cuidados de saúde numa área superior a 1.000 quilómetros quadrados.

A organização das estruturas de saúde no concelho passa actualmente por uma reformulação ministerial, que poderá aglutinar quadros do Hospital e do Centro de Saúde, processo aberto a consulta pública até ao final de Setembro.

Sobre esta questão, Cascão da Silva salientou que, “se a situação da prestação de cuidados de saúde primários pouco tem mudado nos últimos anos, entre o cenário existente e um novo sistema integrado, talvez valha a pena arriscar para melhorar a realidade”.

A mesa redonda concluiu, contudo, que a situação no concelho melhorou com a nova unidade hospitalar, ideia que foi exemplarmente resumida por Cascão da Silva, ao dizer que “a única coisa boa que havia no velho Hospital Conde do Bracial eram as pessoas que lá trabalhavam, a quem quero deixar o meu mais sincero agradecimento”.

Com os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, o PS pretendeu tomar o pulso à realidade do concelho, ouvindo a população e especialistas, sobre diversas temáticas, para daí elaborar o programa eleitoral com que Cascão da Silva, filho adoptivo da terra há quase três décadas, se propõe gerir o município, após a mais que provável vitória nas Autárquicas de 9 de Outubro.


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