Santiago em Acção
um projecto para o concelho

Encontrar soluções para os muitos problemas que afectam o mais importante e populoso concelho do litoral alentejano foi o propósito de dois fóruns de debate, realizados nos dias 2 e 9 de Julho, em Vila Nova de Santo André e em Santiago do Cacém.
Dessa reflexão e debate nasceu o mais ambicioso Programa Eleitoral em 30 anos de Poder Autárquico.
Durante a Campanha Eleitoral de 2005 o Partido Socialista Fez a Diferença.

19.7.05

Cascão da Silva lança mãos à obra para construir a mudança nas Autárquicas

“Já chega de ver Santiago a passo de caracol!”

Preocupado e “chocado com as oportunidades esbanjadas pelo município”, Cascão da Silva, o engenheiro electrotécnico de 58 anos que o PS candidata às Autárquicas de 9 de Outubro, garante estar decidido e pronto para, de vez, colocar na rota do desenvolvimento o terceiro concelho mais populoso do Alentejo, até porque, como diz, “já chega de ver Santiago a passo de caracol!”.

Em jeito de balanço, no final dos dois fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, organizados pela concelhia do PS, Cascão da Silva fez questão de salientar “uma grande satisfação, pelo saldo extremamente positivo das jornadas em que, pela primeira vez em Santiago do Cacém, um partido se abriu à sociedade civil”.

Com os fóruns, o PS pretendeu ouvir especialistas e os cidadãos do concelho, de forma a fazer um levantamento dos maiores problemas que afectam Santiago do Cacém, para assim poder construir a mudança no seu programa eleitoral.

Garantido por Cascão da Silva está o empenho em, por exemplo, rever a obsoleta rede viária concelhia, dada “a necessidade urgente de criar uma ligação directa entre Santiago do Cacém e Santo André e de criar melhores acessibilidades ao hospital e ao Badoca Parque, que é uma referência deste concelho e até do país”.

Já ao nível da Educação, tendo em conta que o concelho registou na última década um abandono escolar da ordem dos 30 por cento, o candidato socialista assumiu que o ensino é e será uma das suas maiores preocupações. Cascão da Silva garantiu mesmo que a construção de “uma nova unidade escolar será umas das prioridades da autarquia, de forma a ser dado um salto qualitativo na educação que damos aos nossos jovens”.

Convicto que, a partir de 9 de Outubro, vai presidir à Câmara Municipal, pondo fim a 30 anos de inércia da CDU em Santiago do Cacém, Cascão da Silva garantiu ainda todo o seu empenho e apoio à Misericórdia local, que tem há dois anos uma Unidade de Apoio Integrado pronta a abrir, com 26 camas para recobro de doentes, por falta de um protocolo com a Administração Regional de Saúde.

“Para mim, quando vejo um projecto de 250 mil contos (cerca de 1,25 milhões de euros) parado, independentemente de quem é o responsável, deixa-me preocupado com o esbanjamento de recursos”, salientou o engenheiro electrotécnico que há cerca de três décadas vive e criou raízes no concelho de Santiago do Cacém.

O apego à terra onde vive e viu crescer os seus filhos leva-o a ter uma preocupação especial com o riquíssimo património histórico do concelho, muito do qual está quase votado ao abandono, bem como com a falta de apoio ao movimento associativo que, ainda assim, teima em resistir.

Por isso, a criação de um gabinete dedicado ao associativismo na Câmara de Santiago do Cacém é um dos propósitos de Cascão da Silva, retirado das ideias apresentadas nos fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, que durante dois sábados – 2 e 9 de Julho – juntaram largas dezenas de pessoas, preocupadas com a actual situação do concelho.

Agora, os socialistas de Santiago do Cacém irão preparar o seu programa eleitoral, que brevemente será apresentado, tendo em vista encontrar soluções para os múltiplos problemas de um dos mais importantes concelhos do Litoral Alentejano, que acreditam vir a governar após as Autárquicas de Outubro.

Nas eleições de 2001, o PS ficou a apenas 580 votos da CDU. Conquistou, contudo, a gestão de três freguesias – Alvalade do Sado, Santa Cruz e Santo André, esta, a mais populosa do concelho – juntando-as à governação, que manteve, na freguesia de Ermidas-Sado.

Com o evidente desgaste e erosão da gestão CDU de Santiago do Cacém – sublinhada nos cartazes socialistas de pré-campanha, com a frase, “30 anos é tempo demais!” – o engenheiro e candidato Cascão da Silva prepara-se desde já para assumir os destinos da autarquia, que, após o dia 9 de Outubro, pretende pôr no lugar de destaque que merece, no mapa do Alentejo.

16.7.05

Saúde em Santiago do Cacém continua aquém das necessidades

Cascão da Silva quer rever acessos viários ao Hospital

Inteirado das dificuldades do sector da Saúde em Santiago do Cacém, que se encontra perto de um ponto de viragem ao nível da organização dos serviços, Cascão da Silva, o candidato do PS à Câmara Municipal, não esqueceu também a necessidade de rever as acessibilidades ao novo Hospital do Litoral Alentejano, situado no concelho.

Durante uma mesa redonda sobre Saúde, realizada no 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, no passado sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal da cidade, o candidato socialista mostrou-se ainda receptivo a criar atractivos para cativar uma maior permanência de profissionais de saúde no concelho, que pretende vir a governar após as Autárquicas.

A falta de profissionais de saúde é inquestionavelmente o problema mais gritante em Santiago do Cacém, sentido tanto pelo Centro de Saúde, como salientou o médico e director da estrutura, Rui Calado, quanto pelo presidente da comissão instaladora do novo hospital, Luís Duarte, que participou igualmente no fórum.

Este gestor não escondeu que, no Hospital do Litoral Alentejano, “os meios humanos são escassos”, em muito, porque a unidade “não tem capacidade para celebrar contratos suficientemente duradouros” com médicos e enfermeiros, problema acrescido com a falta de atractivos no concelho para que um profissional de saúde possa instalar-se com a família em Santiago do Cacém.

O problema mereceu a maior atenção do candidato socialista Cascão da Silva, que ouviu igualmente Rui Calado, director do Centro de Saúde de Santiago do Cacém há oito anos, revelar que, na estrutura responsável pelos cuidados primários no concelho, num quadro “com 96 funcionários, há apenas 68 lugares preenchidos”.

Rui Calado fez-se ouvir ainda quando revelou haver “uma previsão para 2005, de 35,4 por cento de utentes inscritos sem médico de família, num total de 11.168 pessoas”, na prática, 1/3 da população do concelho, o que é um problema tanto maior quando a realidade passa pela prestação de cuidados de saúde numa área superior a 1.000 quilómetros quadrados.

A organização das estruturas de saúde no concelho passa actualmente por uma reformulação ministerial, que poderá aglutinar quadros do Hospital e do Centro de Saúde, processo aberto a consulta pública até ao final de Setembro.

Sobre esta questão, Cascão da Silva salientou que, “se a situação da prestação de cuidados de saúde primários pouco tem mudado nos últimos anos, entre o cenário existente e um novo sistema integrado, talvez valha a pena arriscar para melhorar a realidade”.

A mesa redonda concluiu, contudo, que a situação no concelho melhorou com a nova unidade hospitalar, ideia que foi exemplarmente resumida por Cascão da Silva, ao dizer que “a única coisa boa que havia no velho Hospital Conde do Bracial eram as pessoas que lá trabalhavam, a quem quero deixar o meu mais sincero agradecimento”.

Com os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, o PS pretendeu tomar o pulso à realidade do concelho, ouvindo a população e especialistas, sobre diversas temáticas, para daí elaborar o programa eleitoral com que Cascão da Silva, filho adoptivo da terra há quase três décadas, se propõe gerir o município, após a mais que provável vitória nas Autárquicas de 9 de Outubro.


15.7.05

Cascão da Silva assume nova batalha na área da Educação

PS vai combater abandono escolar em Santiago

Para além da necessidade de modernizar o tecido empresarial do concelho, Cascão da Silva, o engenheiro electrotécnico de 58 anos que o PS candidata às Autárquicas em Santiago do Cacém, assumiu ter pela frente o desafio de pôr termo ao preocupante abandono escolar registado no concelho, que, na última década, viu a sua população estudantil reduzir-se em 30 por cento.

Intervindo na sessão de encerramento do 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, organizado pela concelhia do PS, no passado sábado, 9 de Julho, garantiu, frente à vasta plateia reunida na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, que a construção de “uma nova unidade escolar será umas das prioridades da autarquia, de forma a ser dado um salto qualitativo na educação que damos aos nossos jovens”.

Convicto que, a partir de 9 de Outubro, vai presidir à Câmara Municipal, pondo fim a 30 anos de gestão CDU no mais populoso concelho do Litoral Alentejano, Cascão da Silva mostrou ainda “uma enorme preocupação” ao ouvir que, quando “a cobertura de pré-escolar no Alentejo ronda os 90 por cento, em Santiago do Cacém, cerca de 30 por cento das crianças não estão integradas” neste grau de ensino.

Orador no painel Educação, Formação Profissional e Emprego, José Gazimba Simão, técnico-superior da Direcção Regional de Educação do Alentejo, revelou ainda que “Santiago do Cacém passou de uma população escolar de 5.998 alunos, no ano lectivo 1996/97, para os actuais 3.787”.

Se a diminuição da população estudantil tem como pano de fundo, como referiu o especialista, “um saldo migratório e um saldo fisiológico negativos” – “nos últimos anos, houve mais mortes que nascimentos e mais gente a sair do concelho do que a instalar-se aqui” – na raiz do problema vivido em Santiago do Cacém está sobretudo “uma menor taxa de escolarização no pré-escolar, uma rede escolar no 1º ciclo obsoleta, que é das piores do Alentejo, e um parque escolar onde nos últimos anos praticamente não se pregou um prego”.

O especialista denunciou ainda o atraso da autarquia na “definição de centros educativos no mundo rural, que deverão agrupar pequenos grupos de alunos em instalações decentes”. Estas novas escolas para crianças de aldeias e lugares dispersos são aliás uma tarefa que “grande parte dos concelhos do Alentejo já resolveram, investindo nisto, em vez de gastar tanto dinheiro em fogo de artifício”.

Para além da rede escolar do 1º ciclo, que é da exclusiva responsabilidade do município, Gazimba Simão acentuou o abandono estudantil no 9º ano, “por falta de oportunidades ao nível do ensino profissional, que não existe no concelho”.

O problema do Emprego foi igualmente uma das preocupações manifestadas por Cascão da Silva, o candidato socialista em Santiago do Cacém, que garantiu ir criar “condições reais para que os investigadores se fixem no concelho, criando riqueza, porque se esta não existir não será possível reparti-la”.

A posição clara de Cascão da Silva surgiu após a abordagem do antigo secretário de Estado da Administração Pública, Alexandre Rosa, candidato à presidência da Assembleia Municipal de Santiago do Cacém, segundo o qual “uma autarquia excessivamente burocratizada afasta os investidores”.

Considerando que Santiago “tem de se exercitar na arte de bem acolher quem aqui quer investir”, Alexandre Rosa, actual vice-presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, lembrou que o desemprego no concelho – 1.600 pessoas inscritas nos centros de emprego, correspondendo a uma taxa de desemprego de 5,3 por cento – “atinge pessoas com baixas qualificações e mais idosas”.

Alexandre Rosa concluiu, contudo, que o panorama do desemprego no concelho pode ser claramente melhorado, dado haver “um grande potencial de emprego na região, devido à Plataforma de Sines”, sendo, ainda assim, fundamental “estar atento às necessidades emergentes”.

Com o 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, o PS de Santiago do Cacém pretendeu ouvir alguns especialistas e a população do concelho, para depois elaborar o programa eleitoral com que Cascão da Silva pretende governar o terceiro concelho mais populoso do Alentejo, na provável vitória nas Autárquicas de 9 de Outubro.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

13.7.05

Candidato socialista empenha-se na abertura de unidade de saúde em Santiago

Cascão quer resolver problema da Misericórdia

A existência de uma Unidade de Apoio Integrado pronta a estrear, com 26 camas para recobro de doentes, que está há dois anos para abrir, por falta de um protocolo com a Administração Regional de Saúde, levou Cascão da Silva, candidato socialista à Câmara de Santiago do Cacém, a garantir todo o seu empenho à Misericórdia local.

“Para mim, quando vejo um projecto de 250 mil contos (cerca de 1,25 milhões de euros) parado, independentemente de quem é o responsável, deixa-me preocupado com o esbanjamento de recursos”, salientou Cascão da Silva, na sessão de encerramento do 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém.

Garantindo uma postura radicalmente diferente na Câmara Municipal, a que pretende presidir após as Autárquicas de 9 de Outubro, o engenheiro de 58 anos que lidera a lista socialista mostrou-se “chocado com as oportunidades perdidas pelo município, que não podem ser esbanjadas”, como é o caso da unidade de saúde da Misericórdia, onde há mesmo “o risco adicional de se ter de ressarcir um dos financiadores da obra”.

É que, como revelou no fórum o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém, Jorge Nunes, a instituição contou com “78 mil contos (cerca de 390 mil euros) de apoio comunitário e esses fundos terão de ser devolvidos com língua de palmo”, caso a unidade não venha a abrir.

Intervindo no painel Políticas Sociais e Terceira Idade, Jorge Nunes, que é também presidente da Caixa de Crédito Agrícola de Santiago do Cacém, a mais importante do País, queixou-se ainda da falta de apoio da autarquia local, dominada há 30 anos pela CDU, a quem “há seis anos pediu um terreno para construir uma creche, com jardim de infância e ATL e ainda hoje se está para começar o projecto, devido à extrema burocracia”.

Jorge Nunes lamentou que “o poder político e autárquico, por vezes, não dê a devida resposta aos anseios dos voluntários”, exemplificando com a falta de apoios para a construção de lares para idosos, outra das necessidades sentidas pela Misericórdia de Santiago do Cacém, que tem “800 pessoas inscritas para entrar no seu lar, das quais 25 por cento são casos urgentes”.

Em complemento, Pedro Marques, actual secretário de Estado da Segurança Social, intervindo no fórum apenas enquanto militante socialista, lembrou que “o apoio social aos nossos idosos, que faz muita falta, passa pelas políticas do Governo e também pelas iniciativas locais”.

Daí, para além da medida governamental de atribuir aos idosos “sem quaisquer recursos, um mínimo de 300 euros por mês”, Pedro Marques defendeu a necessidade de “qualificar o espaço rural, de forma a que, por exemplo, com pequenas intervenções nas habitações dos idosos, possa ser possível prestar-lhes apoio domiciliário”, sendo esta “uma política que pode ser seguida pelas autarquias”.

Para o militante socialista e antigo vereador na Câmara do Montijo, Pedro Marques, “o apoio aos idosos pode ser melhorado através de parcerias entre a administração central e as autarquias, criando-se programas de desenvolvimento social”.

Pedro Marques deixou, contudo, o aviso para a necessidade de haver “programas estruturados e não apenas iniciativas esporádicas” no apoio à Terceira Idade, algo que o próprio considera suceder na autarquia de Santiago de Cacém, onde “tem havido ajudas casuísticas, sem que ninguém perceba muito bem o que faz”.

Com o 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, que, no passado sábado, juntou cerca de meia centena de pessoas na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, o PS e o seu candidato, Cascão da Silva, pretenderam ouvir especialistas e a sociedade civil, de forma a elaborar o seu programa eleitoral para conquistar a Câmara Municipal, há 30 anos dominada pela CDU, e que, em 2001, fugiu aos socialistas por apenas 580 votos.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

12.7.05

Especialistas apontam falta de estratégia global para o Património

Santiago em risco de perder sede de organismo internacional

A possibilidade de Santiago do Cacém poder vir a receber a sede da secção do Sul da Europa da futura Associação Internacional dos Tesouros e Museus da Igreja é cada vez mais remota, segundo revelou o historiador José António Falcão, ao intervir no 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado no dia 9 de Julho, no auditório da Biblioteca Municipal local.

Encarregado de escolher o município alentejano que irá albergar a organização, José António Falcão,
professor universitário e director do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, considerou ser “muito difícil recuperar até 2006, o edifício dos antigos Paços do Concelho”, no centro histórico de Santiago do Cacém, onde poderia funcionar a estrutura, capaz de “criar quatro ou cinco postos de trabalho directos”.

Face à realidade de outros municípios “terem já instalações prontas a usar, com chave na mão”, Falcão admite poder escolher outra paragem para a secção Sul da Associação, que irá estudar e promover o importante espólio patrimonial da Igreja e será fundada no próximo dia 8 de Dezembro, em Roma.

A incapacidade do actual executivo autárquico de Santiago do Cacém, em gerir e tirar proveito de um dos mais ricos patrimónios históricos do Alentejo, deixou revoltado Cascão da Silva, o candidato do PS às eleições de 9 de Outubro, que se mostrou “chocado com as oportunidades perdidas pelo município, que não podem ser esbanjadas”.

O rol do desperdício em termos de aproveitamento do Património Histórico, tema de um dos painéis do 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, organizado pela concelhia do PS, foi enumerado pelo investigador José António Falcão, para quem, por exemplo, “a Câmara não parece muito preocupada com a instalação em Santiago do Cacém, do Museu de Arte Sacra”, tantas são as dificuldades que têm existido.

Falcão considerou ainda “vergonhoso para Santiago do Cacém, ter-se perdido a oportunidade de ter no concelho um projecto do arquitecto Siza Vieira, que seria a nova igreja”, revelando ter-se visto “obrigado a devolver uma verba de 10 mil contos (cerca de 50 mil euros) a uma fundação italiana que se propunha financiar o projecto”.

O historiador lembrou, por isso, que “o Património não é um factor de imobilismo, mas antes uma mais-valia que se pode e deve aproveitar para que Santiago do Cacém seja uma terra mais desenvolvida”.

Por isso, o historiador definiu algumas apostas para o município que passam pela “recuperação e preservação do património etnográfico do concelho, que é muito rico”, pela valorização dos Caminhos de Santiago, “já que passava pelo concelho a rota dos peregrinos que iam do Sul até Compostela”, e ainda pela dinamização do museu municipal, que “precisa de novas instalações, de uma estrutura profissional e de algum investimento”.

José António Falcão não esqueceu também a necessidade de recuperar e aproveitar de vez o centro histórico da sede do terceiro concelho mais populoso do Alentejo, onde, “se a situação não é ainda de abandono, é globalmente refém de uma estratégia da Câmara, que passou pela aquisição de edifícios e se vê agora dona de um vasto parque arquitectónico, sem ocupação”.

Igual problema foi salientado por Filomena Barata, arqueóloga e directora Regional de Évora do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), para quem “o centro histórico não vai sobreviver sem uma estratégia de ocupação, habitacional e comercial”.

A responsável do IPPAR defendeu igualmente ser necessário “fazer um levantamento das potencialidades de estação romana de Miróbriga, que, funcionando em rede com outros recursos do concelho, poderá ser um pólo dinamizador para o aproveitamento do Património de Santiago do Cacém”.

Com o 2º fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, que, no passado sábado, juntou cerca de uma centena de pessoas na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, o PS e o seu candidato, Cascão da Silva, pretenderam ouvir especialistas e a sociedade civil, de forma a elaborar o seu programa eleitoral para conquistar a Câmara Municipal, há 30 anos dominada pela CDU, e que, em 2001, fugiu aos socialistas por apenas 580 votos.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

11.7.05

Cascão da Silva revela linha de orientação para gerir Câmara de Santiago do Cacém

“Chega de esbanjar oportunidades!”

Consciente da inércia actual vivida no concelho de Santiago do Cacém, seja ao nível do aproveitamento do Património Histórico, seja ao nível da Educação e da Saúde – onde a Santa Casa da Misericórdia tem pronta, há dois anos, uma Unidade de Apoio Integrado, que continua de portas fechadas – o engenheiro e candidato do PS, Cascão da Silva, mostrou-se “chocado com as oportunidades perdidas pelo município, que não se podem ser esbanjadas”, garantindo uma postura radicalmente diferente da Câmara Municipal, caso venha a vencer as eleições no próximo dia 9 de Outubro.

Intervindo na sessão de encerramento do 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado sábado, 9 de Julho, que juntou cerca de meia centena de pessoas na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, o candidato socialista, que se propõe acabar com 30 anos de gestão CDU no mais populoso concelho do Litoral Alentejano, garantiu ainda que a construção de “uma nova unidade escolar será umas das prioridades da autarquia, de forma a ser dado um salto qualitativo na educação que damos aos nossos jovens”.

Mostrando-se “preocupado com os números de abandono escolar revelados durante o fórum de debate”, Cascão da Silva não quis deixar sem resposta o lamento de Jorge Nunes, provedor da Santa Casa da Misericórdia local, que “há seis anos pediu um terreno para construir uma creche, com jardim de infância e ATL e ainda hoje se está à espera para começar o projecto, devido à extrema burocracia”.

Outra das queixas do provedor que não caiu em saco roto, da parte do candidato socialista, foi a denúncia de que a Unidade de Apoio Integrado, com 26 camas para recobro de doentes, pronta a estrear, se mantém há dois anos sem abrir, por falta de um protocolo com a Administração Regional de Saúde. “Para mim, quando vejo um projecto de 250 mil contos (cerca de 1,25 milhões de euros) parado, independentemente de quem é o responsável, deixa-me preocupado com o esbanjamento de recursos”, salientou Cascão da Silva.

O candidato socialista mostrou-se ainda muito firme quanto à necessidade de captar investimentos para Santiago do Cacém – preocupação salientada também pelo antigo secretário de Estado da Administração Pública, Alexandre Rosa, candidato à presidência da Assembleia Municipal, que interveio no painel Educação, Formação Profissional e Emprego.

No 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, com o qual, os socialistas do terceiro concelho do município mais populoso do Alentejo quiseram ouvir alguns especialistas e a população do concelho para depois elaborar o seu programa eleitoral, foi ainda notória a preocupação com “a perda de 30 por cento da população escolar, nos últimos nove anos”, referida por José Gazimba Simão, técnico da Direcção Regional de Educação do Alentejo, e o alerta do actual secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, que, na qualidade de militante do PS, sublinhou “as vantajosas parcerias que as autarquias podem fazer com o Poder Central ao nível dos programas de desenvolvimento social”.

Dramático e “vergonhoso para Santiago do Cacém”, na óptica do historiador José António Falcão, professor universitário e director do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, foi “ter-se perdido a oportunidade de ter no concelho um projecto do arquitecto Siza Vieira, que seria a nova igreja”, revelando o orador que “se viu obrigado a devolver uma verba de 10 mil contos (cerca de 50 mil euros) a uma fundação italiana que se propunha financiar o projecto”.

Intervindo no painel sobre Património Histórico, José António Falcão lamentou ainda as dificuldades existentes com a instalação em Santiago do Cacém do Museu de Arte Sacra, desabafando mesmo não ver “a Câmara muito preocupada com o assunto”.

O longo, mas produtivo debate, incluiu ainda uma mesa redonda sobre a Saúde no concelho, com as presenças do médico Rui Calado, director do Centro de Saúde local, e o gestor Luís Duarte, presidente do conselho de instalação do Hospital do Litoral Alentejano, tendo ambos salientado as actuais dificuldades com a falta de pessoal médico e de enfermagem existente em Santiago do Cacém.

A mesa redonda concluiu, contudo, que a situação no concelho melhorou com a nova unidade hospitalar, ideia que foi exemplarmente resumida por Cascão da Silva, ao dizer que “a única coisa boa que havia no velho Hospital Conde do Bracial eram as pessoas que lá trabalhavam e a quem quero deixar o meu mais sincero agradecimento”.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

8.7.05

PS de Santiago do Cacém organiza 2º fórum para ouvir sociedade civil

É já a seguir…

Sábado, 9 de Julho, a concelhia do PS de Santiago do Cacém organiza o 2º fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, no qual serão abordados temas como a Saúde, o Emprego, o Património Histórico e as Políticas Sociais.

Depois do sucesso do primeiro fórum, realizado no passado sábado, na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André – que o candidato do PS à Câmara Municipal, Cascão da Silva, considerou ter sido uma jornada “extremamente positiva” - os socialistas do terceiro município mais populoso do Alentejo querem continuar a ouvir especialistas e a população do concelho para elaborar o seu programa eleitoral.

Com os fóruns, o PS de Santiago do Cacém está a organizar o mais importante e abrangente encontro de reflexão, desde o 25 de Abril de 1974, lançando pistas acerca do futuro estratégico para o concelho. Daí que, após ter abordado temáticas como Cultura, Associativismo, Urbanismo, Ambiente e Desenvolvimento Económico, no primeiro fórum, os socialistas querem agora abordar questões que estão na ordem do dia, como sejam o Emprego, as Políticas Sociais, o Emprego e a Saúde, questões para as quais o PS, a seu tempo, irá apresentar propostas inovadoras, tendo em vista colocar o município na rota da prosperidade, da qual tem estado arredado após 30 anos de gestão CDU.

Ao auscultar especialistas e a sociedade civil sobre diferentes temáticas, os socialistas de Santiago do Cacém irão assim melhorar o seu programa eleitoral, tendo em vista encontrar soluções para os múltiplos problemas do mais importante concelho do Litoral Alentejano, que acreditam vir a governar após as Autárquicas de Outubro.

Nas eleições de 2001, o PS ficou a apenas 580 votos da CDU. Conquistou, contudo, a gestão de três freguesias – Alvalade do Sado, Santa Cruz e Santo André, esta, a mais populosa do concelho – juntando-as à governação, que manteve, da freguesia de Ermidas.

Com o evidente desgaste e erosão da gestão CDU de Santiago do Cacém – sublinhada nos cartazes socialistas de pré-campanha, com o “slogan”, “Fazer a Diferença” – o engenheiro e candidato Cascão da Silva prepara-se desde já para assumir os destinos da autarquia, que, após Outubro, pretende pôr no lugar de destaque que merece, no mapa do Alentejo.

De forma a facultar a qualquer cidadão, informação sobre os fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, a organização decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue.

7.7.05

Gestores denunciam falta de ambição da Câmara CDU

Santiago continua “a ver navios”

A incapacidade de Santiago do Cacém, o terceiro município mais populoso do Alentejo, aproveitar o potencial económico do porto de Sines foi um problema posto em evidência no primeiro de dois fóruns organizados pela concelhia local do PS, sábado passado, na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André.

“Como é possível um concelho limítrofe de Sines nada lucrar até hoje com isso?”, foi a questão levantada pelo consultor e gestor de empresas Lebre de Freitas, no primeiro fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, onde indagou ainda porque, face à notícia da criação de um “cluster” aeronáutico em Évora, “com um potencial de criar 700 postos de trabalho na região, nenhum responsável político de Santiago se mexeu para saber como poderá o seu concelho participar”.

Com Cascão da Silva - candidato socialista nas Autárquicas de Outubro, que tem por meta conquistar a Câmara que, em 2001, escapou ao PS por apenas 580 votos – atento na audiência do fórum, o consultor Lebre de Freitas desfiou outros exemplos de grande potencial económico que o município tem esquecido, por não “estar sempre atenta às possibilidades no mundo dos negócios”.

Para Lebre de Freitas é fundamental a existência de “um programa de actuação concelhio, que aponte o recurso aos fundos comunitários, que faça o levantamento das dificuldades de gestão das empresas do concelho, que apoie os jovens empresários e estude os pontos de interesse comuns a Santiago e Sines”, para assim poder lucrar do complexo industrial localizado no concelho vizinho.

A necessidade de contrariar o isolamento foi também salientada por Duarte Lynce de Faria, administrador do Porto de Sines, para quem é necessário assumir que “o triângulo constituído por Sines, Santiago do Cacém e Santo André pode aproveitar a segunda fase do Terminal XXI, que será o primeiro passo para chegar à Extremadura espanhola e atingir a zona económica de Madrid”.

No painel dedicado ao Desenvolvimento Económico, o administrador do Porto de Sines sustentou que “este triângulo, visto como um todo, terá grande importância local, regional e nacional”, dado ser possível crescer, sem os problemas da pressão urbanística, que afectam outros grandes ancoradouros europeus.

“Os portos fortificados, sem ligações viárias e logísticas, ficam impossibilitados de crescer para outros negócios, que não os petrolíferos”, sustentou Lynce de Faria, lembrando que “Sines está num momento de viragem, apesar de ter sido e ainda ser um porto energético”.

A opção estratégica assumida pela Administração do Porto de Sines, que passa pela necessidade de apostar na construção de linhas ferroviárias para rapidamente alcançar a fronteira espanhola, terá inevitavelmente, na óptica do administrador, uma importância fulcral na “criação indirecta de postos de trabalho” em toda aquela zona do litoral alentejano.

O primeiro dos dois fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, promovidos pelo PS de Santiago do Cacém, constituiu uma jornada “extremamente positiva” para Cascão da Silva, o engenheiro e candidato autárquico que acredita poder levar os socialistas ao poder, pela primeira vez, naquele município do litoral alentejano.

Tendo em vista o debate da realidade concelhia e perspectivando a elaboração do programa eleitoral do PS, a organização dos fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, decidiu compilar todas as notas informativas neste blogue, onde qualquer cidadão poderá consultar o andamento da iniciativa socialista.

Preparando a campanha eleitoral, subordinada ao lema “Fazer a Diferença”, o PS organiza mais um fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho” no próximo sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, no qual serão abordados temas como a Saúde, o Emprego, o Património Cultural e as Políticas Sociais.

6.7.05

Falta planeamento em Santiago do Cacém

Câmara CDU não faz o “trabalho de casa”

A falta de um plano de desenvolvimento turístico, de um plano rodoviário concelhio e de planeamento urbanístico, com a necessidade de alterar disposições do Plano Director Municipal, de forma a que a habitação em Santiago do Cacém tenha “padrões de qualidade acima da média” foram lacunas apontadas por Manuel Ferreira dos Anjos, presidente da Escola Superior de Actividades Imobiliárias, no primeiro de dois fóruns de debate, organizados pela concelhia local do PS.

O primeiro dos fóruns “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado sábado, na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, que visou debater a realidade concelhia com vista a elaborar o programa eleitoral do PS, foi considerado como “extremamente positivo” por Cascão da Silva, o engenheiro que se propõe levar os socialistas ao poder, pela primeira vez, naquele município do litoral alentejano.

Atento às ideias apresentadas no fórum, Cascão da Silva garantiu prontamente que “Santiago deixará de viver de costas voltadas para Santo André e Sines”, reagindo ao repto do jurista Manuel Ferreira dos Anjos, que considerou prioritária uma “ligação directa entre Santiago e Santo André”, as duas maiores cidades do concelho.

Ferreira dos Anjos sugeriu mesmo que “o concurso deve ser lançado no primeiro dia e que a obra tem de ser feita durante um mandato, em troços com princípio, meio e fim”, acabando assim com “o defeito fundamental da sede do concelho e da cidade de Santo André “continuarem de costas voltadas uma para a outra”.

Intervindo no painel dedicado ao Urbanismo e Ambiente, Manuel Ferreira dos Anjos considerou fundamental a criação de “um plano rodoviário municipal”, tal como a alteração de algumas disposições do PDM de Santiago do Cacém, para além da necessidade de serem criadas “áreas empresariais de inovação tecnológica” pela Câmara Municipal.

Tendo em vista a melhoria da qualidade de vida do concelho, o orador defendeu ainda a necessidade da autarquia de elaborar “um plano de desenvolvimento turístico”, considerando que seria acertada a aposta “no eco-turismo, com empreendimentos de 4 e 5 estrelas, sempre respeitando e até melhorando o ambiente”.

Conhecedor da riqueza ambiental do concelho de Santiago do Cacém, Ludgero Paninho, fundador do Grupo Lontra e antigo dirigente da associação ambientalista Quercus, alertou para o enorme potencial da Lagoa de Santo André - autêntico santuário “responsável pelo povoamento de avifauna dos estuários do Sado, Tejo e da reserva natural espanhola de Donaña” - que “não pode, nem deve ser fechada ao público”.

Para Ludgero Paninho, cabe à autarquia definir “prioridades no que se quer atrair para o concelho”. Daí que, seja desejável cativar “indústria que garanta um rendimento suficiente e não seja pesada”, tal como, na área da construção civil, deve haver cuidados para “não se fazerem as asneiras que se fizeram noutros locais”.

Mais um fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho” está agendado para o próximo sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, no qual serão abordados temas como a Saúde, o Emprego, o Património Cultural e as Políticas Sociais.

4.7.05

Política cultural da câmara CDU criticada em debate

PS quer criar gabinete de associativismo em Santiago

A ideia de criar um gabinete dedicado ao associativismo na Câmara de Santiago do Cacém, apresentada durante o primeiro fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, foi prontamente aplaudida e apadrinhada por Cascão da Silva, o engenheiro e candidato socialista que se propõe, nas Autárquicas de Outubro, quebrar 30 anos de gestão CDU naquele município do litoral alentejano.

No fórum, realizado na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, no passado sábado, o candidato do PS sustentou que o referido gabinete irá “facilitar o diálogo entre as diversas associações e o Poder autárquico, fazendo um necessário planeamento de actividades, dado que os recursos são escassos, e o município não se pode dar ao luxo de fazer tudo em todos os lugares”.

A posição do candidato socialista surgiu após as fortes críticas feitas, no painel dedicado à Cultura e Associativismo, à actuação do actual executivo camarário, que levaram mesmo Ferrer de Carvalho, presidente da rádio local Antena Miróbriga e vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém a lamentar que “ao longo dos anos, a política de subsídios da autarquia tem sido uma política fechada”.

Este orador sublinhou ainda que, nas decisões da Câmara Municipal, “os dirigentes associativos não têm qualquer tipo de participação”, revelando até desconhecer os critérios actuais de atribuição de apoios às “seguramente, mais de cem associações existentes no concelho”.

Por estas razões, Ferrer de Carvalho defendeu que “o apoio ao movimento associativo tem de estar claramente definido com critérios leais e justos”, devendo haver, para tal, “um gabinete de associativismo na autarquia”, ideia igualmente defendida por Maria dos Anjos Polícia, professora do Ensino Secundário e colaboradora da Liga dos Amigos do Cercal, uma das freguesias de Santiago do Cacém, o terceiro concelho alentejano com mais população.

Para a oradora, “uma política cultural implica pensar e partilhar responsabilidades com os agentes”, devendo por isso, “conjugar objectivos específicos para o concelho e para as freguesias”, razões que levaram Maria dos Anjos Polícia a exigir que “os autarcas de Santiago do Cacém sejam gente de acção e ideias”, capazes de “contrariar o conformismo”.

Desfiando um rol de ideias, a professora sugeriu a criação de “uma rede concelhia de divulgação do património histórico”, uma “política de preservação do artesanato, que poderá passar pela criação de ateliês de tempos livres para jovens e idosos” e “um encontro anual das colectividades do concelho, para estudar parcerias e projectos comuns”.

Este encontro anual, segundo Maria dos Anjos Polícia, será vital, já que actualmente “cada colectividade não tem a noção do que acontece na aldeia vizinha. Por isso, pensa que as suas iniciativas são únicas e vai exigir todo o apoio da autarquia”.

Para esta oradora é ainda imperioso que as freguesias do segundo maior concelho de Portugal, em termos de área geográfica, “disponham de espaços culturais polivalentes”, e a autarquia deve também “apoiar as colectividades a candidatar-se a programas de apoio”, de forma a tornar Santiago do Cacém “um município culturalmente ambicioso, que tente fixar oferta cultural”.

Com vista à elaboração do seu programa eleitoral – da campanha subordinada ao lema “Fazer a diferença!” - o PS organiza mais um fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho” no próximo sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, no qual serão abordados temas como a Saúde, o Emprego, o Património Cultural e as Políticas Sociais.



2.7.05

Garantia do candidato do PS em Santiago do Cacém

“Basta de viver de costas voltadas!”

“Santiago deixará de viver de costas voltadas para Santo André e para o concelho de Sines” garantiu Cascão da Silva, candidato socialista à Câmara Municipal daquele concelho do litoral alentejano, por considerar fundamental acabar com a ausência de cooperação e comunicação com as duas cidades vizinhas.

No final do primeiro de dois fóruns de debate, realizado na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, que o candidato socialista considerou “extremamente positivo”, Cascão da Silva defendeu que, se os municípios de Santiago do Cacém e Sines “tiverem ideias comuns para pôr no terreno, terão maior capacidade de dialogar com o Poder Central e de fazer obras conjuntas de interesse comum”.

A inexistência de uma estrada directa entre a sede do terceiro concelho mais populoso do litoral alentejano e a cidade de Santo André foi um dos problemas realçados por Manuel Ferreira dos Anjos, presidente da Escola Superior de Actividades Imobiliárias, um dos oradores no fórum “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”.

Intervindo no painel dedicado ao Urbanismo e Ambiente, Manuel Ferreira dos Anjos, considerou prioritária essa “ligação directa entre Santiago e Santo André”, sugerindo que “o concurso seja lançado no primeiro dia e que a obra se faça durante um mandato, em troços com princípio, meio e fim”.

A par de um “plano rodoviário municipal”, para Santiago, o jurista considerou ainda fundamental a criação de “um plano de desenvolvimento turístico” e da necessidade de “cada sede das onze freguesias do concelho ter um plano de urbanismo”.

Abordando as questões do Ambiente, Ludgero Paninho, fundador do grupo ambientalista Lontra, lembrou caber à autarquia definir “prioridades no que se quer atrair para o concelho”, bem como na gestão do espaço de habitabilidade, de forma a “não se fazerem as asneiras que se fizeram noutros locais”.

Ludgero Paninho alertou ainda para o enorme potencial da Lagoa de Santo André -autêntico santuário “responsável pelo povoamento de avifauna dos estuários do Sado, Tejo e da reserva natural espanhola de Donaña” - que “não pode, nem deve ser fechada ao público”.

A necessidade de contrariar o isolamento foi também uma das tónicas das intervenções no painel dedicado ao Desenvolvimento Económico, no qual, Duarte Lynce de Faria, administrador do Porto de Sines, lembrou que “os portos fortificados, sem ligações viárias e logísticas, ficam impossibilitados de crescer para outros negócios, que não os petrolíferos”.

Defendendo a necessidade de apostar na construção de linhas ferroviárias, de forma a que “o triângulo constituído por Sines, Santiago do Cacém e Santo André possa aproveitar uma segunda plataforma portuária, que será o primeiro passo para chegar à Estremadura espanhola e atingir a zona económica de Madrid”.

“Como é possível um concelho limítrofe de Sines nada lucrar até hoje com isso?” foi a questão deixada pelo consultor Lebre de Freitas, para quem a autarquia tem de “estar sempre atenta às possibilidades no mundo dos negócios”, dando oportunidade às Universidades que têm projectos de ponta e, por vezes, “não têm oportunidade para os colocar no terreno”.

O fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho”, realizado pela concelhia local do PS, abordou ainda a Cultura e Associativismo, onde Ferrer de Carvalho, presidente da rádio local Antena Miróbriga, defendeu que “o apoio ao movimento associativo tem de estar claramente definido com critérios leais e justos”, devendo haver, para tal, “um gabinete de associativismo na autarquia”.

A ideia foi secundada e enfatizada pela professora Maria dos Anjos Polícia, para quem “a política cultural do município tem de ser planificada”, o que deverá passar por “um encontro anual das colectividades do concelho, de forma a criar parcerias e projectos comuns”, com o intuito de tornar Santiago do Cacém “um município culturalmente ambicioso, que tente fixar oferta cultural”.

Mais um fórum de debate “Santiago em Acção: Um projecto para o Concelho” está agendado para o próximo sábado, 9 de Julho, na Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém, no qual serão abordados temas como a Saúde, o Emprego, o Património Cultural e as Políticas Sociais.

1.7.05

Programa de dia 9 de Julho

Programa
SANTIAGO DO CACÉM
Data: 09 DE JULHO DE 2005
Local: Biblioteca Municipal
Manhã: 09:00 – 12:30
Tarde: 14:00 – 17:30


Manhã

Painel “Património Histórico”
- Filomena Barata
Arqueóloga, Directora Regional de Évora do IPPAR

- José António Falcão
Historiador e Arquitecto
Director do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja
Professor na Universidade Católica

Painel “Educação, Formação Profissional e Emprego”
- Gazimba Simão
Técnico Superior da Direcção Regional da Educação do Alentejo

- Alexandre Rosa
Sociólogo, Vice-Presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional
antigo Secretário de Estado da Administração Pública


Tarde

Painel “Politicas Sociais e Terceira Idade”
- Jorge Nunes
Presidente da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Santiago do Cacém
Provedor da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém

- Pedro Marques
Secretário de Estado da Segurança Social

Painel “Saúde”
- “Mesa Redonda” com:
Francisco Loução (Médico)
Rui Calado (Médico e Director do Centro de Saúde de Santiago do Cacém)
Luís Duarte (Presidente da Comissão Instaladora do Hospital do Litoral Alentejano)
Nuno Oliveira (Médico)
Maria Luísa Gonçalves (Médica)

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